quarta-feira, 11 de novembro de 2020

[Sobre o Universo] Notas da Professora Matilde Olmos y Piñedo sobre os Animorfos:


    Por melhores que hoje sejam os avanços tecnológicos que nos permitem ter uma melhor ideia sobre os hábitos e costumes dos chamados animorfos, a verdade é que ainda estamos muito longe de saber tudo o que poderíamos.
    Não ajuda o fato de que boa parte do conhecimento sobre eles costuma ser através de narrativas orais. Muitas delas nem sempre perto da realidade, ainda mais quando os grupos de animorfos existentes que se unem para formar comunidades preferem não ter contato com a civilização conhecida. Motivos não faltam, devo dizer.
    O que sabemos sobre os animorfos:

    – As habilidades de transformar-se em qualquer animal se manifestam desde a mais tenra idade e cada portador de tal habilidade só vem a descobri-las quando começa a ter consciência do mundo;
    – Animorfos é um termo originário da Inglaterra, onde foram documentados os primeiros casos de animorfia, advindo da palavra animorphs, que na língua portuguesa brasileira pronuncia-se animôrfos, com uma diferença bem gritante de pronúncia entre o acento brasileiro (a palavra é uma paroxítona) e europeu (no qual a palavra é pronunciada como animórfos);
    – No Brasil, entretanto, o termo mais utilizado é “trocadores de pele”, apesar de isso ser um erro crasso, considerando que os animorfos se transformam completamente em animais e não trocam de pele. Apesar de ser muito possível que o termo seja uma figura de linguagem, considerando a frequência com que os brasileiros as utilizam e criam, assim como os famosos “memes de internet”, que podem ser considerados um derivado disso. Inclusive a literatura brasileira (muito interessante, diga-se) é uma grande fonte dessas manifestações de língua; (Isso é outro assunto, foque no que importa, Matilde. Ass.: Professor Colman.)
    – As formas de gato e cachorro tornam esses animorfos em infiltradores muito hábeis;
   – Corvos, harpias e urubus, estas mais comuns entre as bruxas, que são, em boa parte, capazes de escolher suas transformações apesar de que urubu não é uma forma muito popular entre os praticantes de magia, cuja porção masculina é pelo menos 75 % menor que a feminina;
    – Embora existam animorfos humanos que virem morcegos, aranhas ou ratos, é mais comum serem as formas que os vampiros Noctis tomam quando precisam se manter ocultos quando acham indiscreto demais virar uma grande mancha negra em uma parede ou uma névoa escura (e geralmente mal cheirosa);
    – Os animorfos considerados os mais perigosos do mundo são os “coelhos canibais”, encontrados nas selvas da América Central, em especial no Panamá, onde os locais, sem saber a realidade, os conhecem como “índios coelho”;
    – A maior parte vive entre as pessoas ocultando suas habilidades, assim como os Caçadores, mas nem todos os últimos conhecem suas habilidades, o que pode resultar no desenvolvimento de doenças potencialmente fatais, como alguns tipos de câncer, se não tratados a tempo, como aconteceu com Eva Duarte de Perón, a mundialmente conhecida Evita;
    – A perda de controle emocional em um animorfo pode fazê-lo assumir uma forma bestial, chamada quasímoda (palavra francesa de origem latina que significa “meio formado” e que nomeia o protagonista do famoso livro de Victor Hugo, O Corcunda de Notre-Dame), que no caso de lobos, é constantemente confundida com os “lobisomens licantropos”, os quais costumam ser frutos de magia negra e podem contaminar outros menos afortunados com sua “virose”. Isso se eu não mencionar o caso do “vampirismo licantrópico” de José Artigas, causado pelo sinistro experimento de um Mestre Bruxeiro, Lucien McRae;
    – A origem dos animorfos ainda hoje permanece desconhecida, mas, a teoria mais conhecida e difundida diz que, assim como os vampiros, bruxas e Caçadores, a habilidade de transformar-se em animal por completo também derive de magia, que com o tempo tornou-se parte essencial desses seres. Mas nada confirmado, apesar do Professor Molay, fundador da Ordem dos Guerreiros Arcanos, dizer que o Universo é um grande organismo vivo, tal como diz a Hipótese de Gaia, teoria formulada nos anos setenta por um cientista inglês, James Lovelock e reforçada pelos estudos de uma bióloga americana, Lynn Margulis.
    Isto é apenas o resumo, ainda que tenha ficado bastante longo, de todo o conhecimento reunido sobre os animorfos até esse momento. No entanto, ainda há muito caminho a ser andado e muito estudo a ser feito.

    (Gravar isto em registro de voz e passar para arquivos digitais.)

Sobre Renata Cezimbra

Brasileira e gaúcha com os dois pés e muita imaginação na região do Prata, pois é lá que começa o universo dos Vampiros Portenhos. Onde convergem os vórtices das mais férteis referências de uma dama teimosa, que aprecia pitadas de cultura pop, referências underground e coisas do arco da velha.

Você também pode gostar:

8 comentários:

  1. Oi Renata!

    Ah eu confesso que adoro quando livros de fantasia tem esses persoangens, acho que eles dão muito pano pra manga, gosto bastante! Adorei as curiosidades sobre, me deu ainda mais vontade de ler livros com esses personagens!

    ResponderExcluir
  2. Olá,
    Antes de assistir Grimm não me ligava muito, mas desde que acompanhei a série acho mais divertido histórias com animorfos. Gostei do texto.

    ResponderExcluir
  3. Olá, tudo bem? Interessante que eu descobri coisas que não imaginava sobre os animorfos! É um assunto que gosto bastante de descobrir informações, ler livros que trazem esse elemento, e achei curioso o que você trouxe sobre! Adorei!
    Beijos

    ResponderExcluir
  4. Oi Renata.

    Eu realmente não sabia praticamente nada sobre animorfos e gostei bastante da sua postagem. Ela esclareceu minha curiosidade e vou olhar os personagens da fantasia de maneira mais clara. Parabéns pelo post.

    Bjos
    https://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  5. Olá, tudo bem?
    Eu confesso que não sabia nada sobre animorfos. Se alguém me perguntasse o que é, eu nunca saberia responder. Então, adorei seu post. Super explicativo e fácil de entender. Agora vou prestar atenção nos livros de fantasia quando aparecerem personagens animorfos.
    Beijos!
    Beijos!

    ResponderExcluir
  6. Oi, Renata!
    Eu não sabia disso tudo sobre os animorfos. Na verdade, acho que nem sabia que essas criaturas se chamavam assim. Tenho impressão de já ter visto esses seres em livros e séries, mas nunca me atentei ao seu nome.
    Portanto, adorei conhecer várias das curiosidades que você colocou.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2020/11/resenha-suicidas.html

    ResponderExcluir
  7. Muito bom seu post sobre o tema, me interesso por assuntos do gênero. Suas notas são ótimas, principalmente para quem nunca ouviu falar no assunto!

    ResponderExcluir
  8. Olá que post curioso, gostei bastante do assunto que escolheu não conhecia a terminologia animorfo, vou pesquisar mais a partir daqui para melhor compreender esse universo.

    ResponderExcluir