sexta-feira, 16 de outubro de 2020

[Meus dois centavos sobre...] Pequeno manual de como cuidar da própria vida (ou algo parecido)

 


Admito, o título é meio cômico. Assumo também, levei um bom tempo pensando nesse texto. Por último, o título é inspirado em uma série de postagens de uma amiga minha, ex-colega de faculdade, a Rita.

Há seis dias, a Igreja Católica beatificou um rapaz chamado Carlo Acutis. Falecido em 2006, aos quinze anos, vítima de um tipo raro, e fatal, de leucemia, a M3. Sobre o qual eu li em alguns links para conhecer melhor uma história tão fascinante, e porque não dizer, um pouco fora da curva, considerando como os adolescentes são no geral. Ou pelo menos o que mais se vê. Eis que, a partir da vida desse rapaz, me perguntei, mas já venho perguntando isso há eras: o que é ter uma vida plena em Deus?

Ou plena, para tornar mais abrangente a coisa toda, já que nem todo mundo é cristão ou acredita em Deus. Whatever. (#CláudiaLemesFeelings)

No entanto, eu, como uma pessoa criada em um ambiente católico, mas com uma mãe quando criança batizada na igreja evangélica e um pai católico com amigos católicos, umbandistas, espíritas e o calango a quatro e ao cubo, acredita nisso:

            Seja um ser humano decente, não ligue para a opinião alheia e não prejudique, ou odeie, os outros sem motivo ou por motivos estúpidos. Isso basta.

Pelo menos assim deveria ser, mas as pessoas, sempre querendo ficar por cima de tudo e todos, acham uma ótima ideia nutrir preconceitos, se aproveitar de teorias para conseguir poder e no processo acabar deturpando a coisa toda, gerando uma montanha, maior que o Monte Everest, de merda.

O meu exemplo é a boa e velha política. Assunto espinhoso, mas necessário. Inclusive tenho um texto para mostrar antes que sigam a leitura em frente: aqui.

Sim, eu sei que muita gente DETESTA esse assunto e eu juro, entendo completamente os motivos. Mas tem uma coisa que ninguém sabe, ou prefere ignorar: a política, queiram vocês ou não aceitar, é feita por pessoas. Portanto, se ela é suja, seja qual for o lado que você segue, a culpa é de quem faz, não do conceito. Ou seja, se as coisas dão errado, seja qual for o tipo de governo, as culpadas são as pessoas responsáveis por essa história acabar mal. Ou em pizza, como queira.

Eu preciso falar que o ser humano é um negócio podre quando a coisa é poder? Não importa se política ou religião. Se você foi um bom aluno de História na escola, ou pelo menos se deu ao trabalho de ler coisas relacionadas a isso, a coisa está mais clara do que nunca. Pois bem, vamos pegar dois dos mais famosos exemplos da História: o Nazismo de Hitler na Alemanha (Extrema-direita) (aqui) e o Socialismo Stalinista da União Soviética (Comunista) (aqui).

Se vocês prestaram um mínimo de atenção nos textos, perceberam que ambos foram umas belas porcarias que só ferraram com a vida de meio mundo e causaram até a Segunda Guerra Mundial. Bem, o fator em comum mais evidente é: pessoas foram as responsáveis por isso, não conceitos.

Primeira coisa: qualquer radicalismo, qualquer MESMO, é uma grande montanha de lixo atômico.

Segunda coisa (relacionada à primeira): NUNCA existiu comunismo em qualquer parte do planeta. Nem mesmo em Cuba, um caso tão comentado. Mas eu não vou entrar nisso porque senão esse texto não vai dar conta.

Certo, teve gente que agora sentiu o cérebro bugando muito bem obrigada. #PANENOSISTEMAALGUÉMMEDESCONFIGUROU

Explico, ou melhor, mostro: o que é comunismo, para início de conversa? O conceito básico seria: Ideologia política e socioeconômica que pretende estabelecer uma sociedade igualitária, por meio da abolição da propriedade privada, das classes sociais e do próprio Estado. Nesses links vocês podem encontrar uma explicação mais elaborada do que eu acabei de colocar acima: aqui e aqui.

Sim, eu sei que muitos aqui já ouviram a história da ditadura do proletariado e toda essa conversa, por isso eu digo, com honestidade e eu confesso que é uma verdade difícil de engolir: a humanidade nunca tornaria isso possível. Considerando a História tal como ela foi, eu preciso elaborar quantos genocídios, guerras e episódios lamentáveis ocorreram por deturpação de teorias ou absurdos teóricos que alguém achou que seria uma beleza? (*COF* Nazismo. Igreja Católica. Ditaduras Militares na América Latina. E a lista só aumenta.)

Então, dama teimosa, onde você quer chegar com isso?

Como o título diz: talvez seja um pequeno manual de como cuidar da própria vida.

Ou seja: informe-se sobre qualquer assunto antes de emitir uma opinião e leia bastante todo o tipo de coisa de modo a não acabar caindo em armadilhas ideológicas.

Não prejudique os outros, por mais que tenha todos os motivos. Até porque se você não quer ser o vilão da história, não aja como tal.

Não seja uma pessoa preconceituosa porque isso te faz perder a chance de conhecer pessoas e coisas maravilhosas e com isso, ampliar seus horizontes. Isso inclui livros, estilos musicais, moda, gênero, sexualidade e por aí se vai.

Amplie seus horizontes sem medo do que os outros dizem, pois no final, a sua história é apenas sua, pois como um dia o agora Beato Carlo Acutis disse: Todos nascemos originais, mas muitos de nós morremos como fotocópias.

Lady Trotsky encerra transmissão, aqui e agora.

Sobre Renata Cezimbra

Brasileira e gaúcha com os dois pés e muita imaginação na região do Prata, pois é lá que começa o universo dos Vampiros Portenhos. Onde convergem os vórtices das mais férteis referências de uma dama teimosa, que aprecia pitadas de cultura pop, referências underground e coisas do arco da velha.

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14 comentários:

  1. Oi Renata! Tudo bem?

    Poxa, gostei da sua reflexão e concordo muito que qualquer movimento de extremismos é muito, mas também acho errado as pessoas que ficam no muro sabe, eu não acho muito correto que uma pessoa se abstenha de pensar, falar, discutir sobre politica e lutar por aquilo que ela acredita sabe. Adorei a frase do fim do texto, muito boa pra refeltir sobre quem somos. Adorei o texto!!

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  2. Olá, esse seu texto tem cara de crônica, ao menos você mostra talento para coisa,sobre religião, não tenho mas, me afino em ideia com o Xamanismo e o Budismo, acho que Deus sou eu e esse encontro com Deus ou o numinoso significa uma forte relação com o ego no sentido não deixá-lo ter o domínio da psiquê ou como diz em algumas vertentes religiosas, dissolução.Sobre emitir opiniões com base em informação, onde posso assinar?

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  3. Oi Renata sua linda, tudo bem?
    Eu continuo insistido que eu não entendo porque as pessoas possuem preconceitos sobre as outras e o motivo de quererem prejudicar alguém. Concordo quando você disse que precisamos buscar informações, pois toda questão tem seus lados e cada um vai defender o seu. Então para chegarmos o mais próximo de sermos justos, temos que nos informar mesmo. É tão difícil, as vezes, não é?
    bjs.
    cila.

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  4. Oi Renata.

    Eu gostei da sua reflexão na postagem e concordo com você. As pessoas precisam ampliar seus horizontes, buscar informações corretas e ser menos intolerantes. Algumas pessoas acham que são os donos da verdade e através da política ou religião tentam prejudicar e tirar aproveito de outras pessoas. Olha cada dia que passa está ficando difícil.

    Bjos
    https://historiasexistemparaseremcontadas.blogspot.com/

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  5. Olá! Muito interessante sua reflexão. Pebso que temos que conhecer um pouco de tudo para ter opinião e não ficar apenas indo no que nos dizem aqui e ali. Assuntos polêmicos existem e, por isso, mesmo devem ser reflexivos!

    Um abraço!

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  6. Oi. :)
    A intolerância seja ela na politica, religião, opção sexual, profissão é algo a ser pensado e discutido.
    A sua opinião nem sempre é a certa, e é isso que se deve a muitos problemas levantados na TV ou reportagens sobre racismo, bullying entre outros assuntos que hoje em dia estão fora de controle.
    Gostei muito do seu texto, pra refletir, abrir caminhos pra observar que nossa opinião nunca vai ser igual a de todo mundo, muitos só apontam, denigrem, humilham por se achar melhor que o outro, infelizmente na minha profissão como médica veterinária tem muitos assim.
    Parabéns pelo texto.

    Beijos.
    Manuscrito de Cabeceira

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  7. "Todos nascemos originais, mas muitos de nós morremos como fotocópias." Nossa, que profundo! Refletir sobre essas coisas é tão importante, mas ao mesmo tempo deprimente (eu penso demais, e a consequência é que fico deprimida demais).

    Vivemos num mundo em que todos querem ser juízes de todos, todos se sentem no direito de julgar e atirar pedras. Não é à toa que o "cancelamento" está tão na moda. E isso é tão triste. É tanta intolerância de todos os lados, tanto discurso de ódio, tanto preconceito... Se alguém não pensa como o outro, já é motivo para ser desprezado e atacado. Usa-se cada vez mais a religião como arma contra o próximo, separando em vez de unir. Pessoas se matando por políticos... Tudo isso cansa, sabe? Me sinto cada vez mais cansada. Sem esperança na humanidade.

    Como você disse, bastava fazer o máximo: não prejudicar ninguém, não fazer com o outro o que não gostaria que fizessem com você. Mas o ser humano, desde muitos séculos atrás, nunca se importou com isso. Falta amor, é o que penso. Falta amor nas pessoas.

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  8. Oii!

    Eu amei o post pois temos a visão muito parecida das coisas. Eu acho que é normal que julguemos o próximo com base nas nossas vivencias, desde que isso não prejudique o mesmo... Estamos em uma eterna evolução e desconstrução, nunca é tarde para melhorar :)

    Beijinhos,
    Ani
    www.entrechocolatesemusicas.com.br

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  9. Olá, tudo bem? Realmente é interessante esse conceito de que muitas coisas foram feita pelo homem e não o significado atrás de uma palavra. Qualquer tipo de polaridade extrema leva a consequências, na qual se você sabe que poderia acarretar, deve agora colher seus resultados. É triste ver muitas pessoas cegas e repetindo discursos sem ao menos se dar ao trabalho de pesquisar sobre. Conhecimento hoje virou algo raro afinal só vivemos de repetições. Ótima debate que trouxe!
    Beijos

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  10. Oi Renata!!

    Menina seu texto é tudo para mim sabe? Não eu poderia concordar mais com ele!! O mal das pessoas é acreditar que elas estão num nível em que podem julgar as pessoas pela forma como elas vivem e bom e dai que sai vários dos nossos problemas sociais. Mas o poder é mesmo algo que corrompe o homem, foi o poder que trouxe a escravidão, a submissão feminina entre tantas outras coisas horríveis!!


    Beijos!
    Eita Já Li

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  11. Oi Renata, tudo bem? Lendo seu texto percebo o quanto ele é importante, suas reflexões trazem ensinamentos necessários a humanidade atual. Quando menciona sobre política concordo com o que foi dito sobre quem colocamos no poder, ali nada mais é do que um espelho do que somos, se temos líderes corruptos é porque de certo modo colocamos esses mesmos ali no topo e sabendo que são assim deveríamos fazer de tudo para trazer pessoas melhores para nos governar. Outro fator que gostei bastante em seu texto foi sobre nazismo e o socialismo, sem dúvida uma pessoa que prestar bastante atenção nos dois fatores chegará a conclusão que não importa o que digam as opiniões defensivas ( porque acredite se quiser tem muita gente defendendo tanto um quanto o outro) ambos foram ruins para a humanidade, para nossa formação enquanto pessoas, ambos feriram a dignidade do ser humano, enfim só queria deixar registrado que adorei o post extremamente importante e relevante.

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  12. Oi, tudo bem? Achei interessante seu questionamento. Acredito que a internet com suas facilidades permitiu às pessoas exporem seus pensamentos e opiniões, porém grande parte não se dedica a se aprofundar nos assuntos aos quais defendem ou criticam. Assim como você disse também defendo que para ser ouvido, para ser autoridade em determinado assunto é necessário pesquisar, estudar, avaliar prós e contras, e assim participar de um diálogo com bons argumentos. É difícil encontrar pessoas que seguem essa linha atualmente concorda? Um abraço, Érika =^.^=

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  13. Gosto de ler seus textos, pois você traz muitos questionamentos e aprendizados. Hoje, o que mais me tocou lendo, foi a parte "amplie seus horizontes sem medo do que os outros dizem". Eu acho que na fase da qual estou vivendo, isso se encaixa perfeitamente! É normal ter medo do que irá acontecer, mas não devemos ter medo do que os outros irão pensar. A gente precisa se arriscar, se jogar e fazer aquilo que nos faz bem.

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  14. Oi gente, tudo bem?
    MUITO grata mais uma vez pelos comentários maravilhosos nessa postagem que foi feita com o único intuito de desabafar e quem sabe fazer todo mundo entender que quem faz as coisas são os seres humanos, não conceitos. Porque palavras são apenas palavras se não forem praticadas e é isso que anda faltando muito.
    Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...
    http://wwww.osvampirosportenhos.com.br

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