sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

[Sobre o Universo] Vampiros: 4ª Parte (Por Professor Elijah Colman) (+ Nota da Autora)

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1ª Parte

2ª Parte

3ª Parte

Mais uma vez, cá estou para falar de nós vampiros, agora focando (pelo menos espero que o texto não fique gigante a nível de precisar de um próximo) nos experimentos feitos por Mestres Bruxeiros e nos vampiros contaminados por radiação, pois o texto anterior, por ter ficado muito extenso, não deu conta de dizer tudo.

Antes de tudo, há um poder nosso sobre o qual não falei, puramente por esquecimento e também porque é difícil acreditar que somos capazes de tal coisa, o Radar Quiróptero. Nada mais sendo que o mesmo som emitido pelos morcegos, mas com pelo menos cem vezes mais volume e capaz de fazer várias coisas potencialmente perigosas.

Ele pode ser: uma onda de choque capaz de interferir em aparelhos eletrônicos (alguns vampiros tem um particular prazer em causar caos envolvendo falta de energia e consequentemente, problemas com sinais de internet) ou causar acidentes potencialmente fatais (geralmente envolvendo veículos automotores como motos e carros), capaz de explodir o cérebro de uma pessoa por dentro (como naquele filme do David Cronenberg. Esqueci o nome.), controlar animais em um raio de cem quilômetros e fazer um vampiro de séculos se tornar o Vampiro Prior de alguma região onde tenha um totem de propagação.

Um item ainda hoje alvo de muitos estudos porque ainda hoje ninguém sabe quem os construiu ou com que propósito. Tudo o que realmente se sabe é que existem pelo mundo todo e alguns tem ligações uns com os outros, tornando possível propagar o radar quiróptero do vampiro em até quatro regiões distintas. Se ele vai ser mesmo Prior, entretanto, vai depender das atitudes dele e da relação que ele construa com os sobres (um encurtamento do termo original) da região. Não preciso dizer que sempre tem algum vampiro que perde a noção do bom senso, preciso?

Por fim, terminei a explicação faltante sobre os poderes e peço perdão aos leitores por semelhante esquecimento, mas falar de vampiros é adentrar em uma estrada sem fim, tantas as coisas que se tem para falar acerca de nós.

Duas delas, porém, não me são agradáveis, mas, necessárias para compreender a variedade de seres e acontecimentos do mundo sobrenatural. São elas: os vampiros frutos de experimentos de Mestres Bruxeiros e aqueles contaminados por radiação. Nesse caso, eu me refiro às formas causadas pelas bombas atômicas e os acidentes envolvendo elementos radioativos, no caso, o uso indevido.

Primeiramente, porém, é preciso contextualizar cada situação. Só depois explicá-la.

Antes de mais nada, a radiação é a energia em formato de ondas eletromagnéticas ou partículas. A chamada radioatividade, por sua vez, assim como a própria radiação, foi descoberta pela cientista polonesa Marie Curie. Inclusive um dos elementos por ela descobertos recebeu o nome de polônio e um outro foi chamado de rádio, daí vinda a palavra “radioatividade”.

No entanto, se indevidamente utilizada, e os humanos levaram décadas para descobrir isso e tiveram de passar por toda a sorte de doenças e sofrimento, sem contar o causado por maldade pura graças às bombas atômicas de 1945, diga-se, a radiação pode causar incontáveis danos ao corpo humano. A própria Marie Curie que o diga, considerando sua morte, causada por esse prolongado contato com esses elementos.

Sei que antes mencionei que os casos envolvendo vampiros contaminados por radiação dariam textos enormes, e de fato dão, mas me verei obrigado a dar um resumo, pois nós não somos os únicos seres existentes no mundo sobrenatural e todos merecem cada qual seu destaque. Além disso, se eu fosse detalhar todos os pormenores, o texto ficaria muito maior do que uma postagem é capaz de comportar. Portanto, vamos fazer um resumo bem explicado sobre os tópicos deste texto. (Ou o tópico, porque ao que tudo indica, vai ficar grande o texto. Aliás, já está.)

No caso dos vampiros contaminados por radiação, não se sabe bem ao certo quando começou, mas os primeiros casos conhecidos datam da época dos estudos de Marie Curie e seu marido, Pierre. Pois, na época, sem o casal saber, ambos lidavam com elementos perigosos demais para qualquer criatura e isso deixou o local por anos coberto de radiação e praticamente impossível de transitar ou habitar. Apesar de o governo ter encomendado uma profunda limpeza no local de modo a pelo menos diminuir a radiação presente no local, ainda hoje monitorado para conferir os níveis de radiação e fechado para quaisquer visitas.

Mesmo hoje, a casa onde Marie Curie viveu e o laboratório onde trabalhou por último não são visitáveis e os cadernos nos quais ela escrevia à mão estão guardados em invólucros de chumbo, assim como o próprio cadáver dela em um sarcófago com dois centímetros de espessura desse material, pelos próximos 1.500 anos, porque é impossível tocar tais papéis com as mãos nuas e até mesmo quem deseja explorar tal material precisa assinar um termo de responsabilidade isentando a Biblioteca Nacional da França da mesma e usar pesadíssimas roupas antirradiação. Posso falar por experiência que foi um milagre meu corpo não ter apresentado alterações físicas após mexer nesses cadernos. Posso garantir: a radiação é tanta que nem as roupas garantem 100% de segurança.

Alterações físicas? Apenas um dos sintomas de contaminação radioativa por um vampiro.

Variam, o que significa que nenhum vampiro é afetado do mesmo modo, desde o nascimento de chifres e notocorda (o famoso rabo), aumento desproporcional de estatura e deformidade dos membros (equivalente a agromegalia humana, que, no nosso caso, algum vampiro, otaku, tudo indica, achou uma ótima ideia batizar de Síndrome de Shinigami e o nome pegou vai Deus saber o motivo) até mudança da cor dos olhos, que podem ficar amarelos (um tom pálido), azulados ou preto petróleo, e algumas vezes das veias corporais, as quais ficam com aspecto azulado, avermelhado, roxo ou esverdeado, dependendo do tipo de vampiro, apuro nos sentidos vampíricos (o único aspecto positivo, mas acaba anulado porque muito raramente vem sozinho) e perda de controle sobre a Fome. Ou sobre seus poderes especiais, caso tenham, o que pode acarretar em trágicas consequências.

Um exemplo é o vampiro Domingo Faustino Sarmiento, portador de poderes elétricos, ex-presidente da Argentina, que, ao ser pego no meio da explosão das bombas atômicas de 1945, ficou com o corpo completamente eletrificado, tornando impossível qualquer ser tocá-lo sem tomar uma descarga elétrica capaz de abrir uma cratera ou transformar o azarado em cinzas. E combatê-lo, levando em conta que ele não é o maior amigo do Vampiro Prior da América do Sul e não exatamente gosta que falem mal dele. Não que ele não mereça.

Domingo Faustino Sarmiento
Imagem mais conhecida de Domingo Faustino Sarmiento (1811 - 1888). No entanto, ele não parece assim atualmente. Está algumas décadas mais novo.

Sem contar que um vampiro contaminado por radiação dificilmente não contamina outros, pois as partículas radioativas se espalham com rapidez e se multiplicam ainda mais rápido.

Ainda mais se levarmos em consideração o aumento inacreditável de casos depois dos acidentes em Ciudad Juárez, no México, em 1984, envolvendo péssimo manuseio de material, ou melhor, ignorância acerca do assunto por todas as partes, o caso brasileiro, no estado de Goiânia, em 1987, conhecido como Césio-137, a mesma coisa que o anterior, se isso lá era possível, e claro, Chernobyl, na Ucrânia, em 1986. Nem vou entrar em detalhes sobre eles porque por mais vampiro que eu seja e mais anos que tenha, sempre vou me impressionar com a capacidade humana de causar os desastres mais inacreditáveis sem querer ou por incompetência.

(Naufrágio do Titanic, em 1912, estou falando de você apesar de fora do assunto.)

Em razão disso, o segredo de nossa existência pode ficar seriamente ameaçado, razão pela qual os Priores acham preferível manter os vampiros contaminados por radiação isolados do resto embora nas últimas décadas as bruxas tenham criado formas de conter a radiação emanada por tais seres, geralmente usando pedras magicamente polidas em pulseiras, colares e anéis, que no caso ocupam todos os dedos e até as unhas, ou limpá-la, mas a última é mais difícil do que parece até para os Mestres Bruxeiros.

Isso que eles são o equivalente sobrenatural dos cientistas humanos embora esses mesmos Mestres utilizem aspectos da ciência humana para seus experimentos, os quais muitas vezes são horríveis. (Já vi alguns resultados de fazer chorar e chocar.) Inclusive não duvido que muitos deles usaram radiação nesses casos, embora não haja nenhum caso confirmado, já que por mais que os MB sejam na sua maioria sobres, a radiação pode causar mal a qualquer um de nós e nenhum de nós é burro o suficiente para fazer isso. (Ao menos assim espero, mas, nem nós escapamos de cometer as maiores e mais inacreditáveis burrices ou atrocidades.)

No entanto, o caso dos Mestres Bruxeiros vai ficar para um próximo texto porque este aqui já ficou grande o suficiente para relatar a história dos vampiros radioativos.

(Passar para registro digital e de voz após as devidas edições no Registro Enciclopédico.)

 

(Nota da Autora: 

Espero finalmente conseguir voltar a fazer posts pelo menos semanais ou cada dois dias. Esperem mais aspectos do universo dos Vampiros Portenhos, Crônicas da Vida Real (assim chamo) Resenhas e Reviews. Porque tem muita coisa que li da qual preciso falar e tem muita coisa interessante que andei assistindo nos últimos tempos e não falei como devia.

Beijos de fogo e gelo e abraços quentes e frios da Lady Trotsky.)

Sobre Renata Cezimbra

Brasileira e gaúcha com os dois pés e muita imaginação na região do Prata, pois é lá que começa o universo dos Vampiros Portenhos. Onde convergem os vórtices das mais férteis referências de uma dama teimosa, que aprecia pitadas de cultura pop, referências underground e coisas do arco da velha.

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2 comentários:

  1. Oie, tudo bem? Acho incrível a quantidade de conteúdo que você traz sobre esse tema. Não tinha ideia sobre os poderes, como eles funcionavam e nem que tinham representantes. Surreal! Se eu pudesse ter um super poder gostaria de ser invisível haha Não sei porque, mas desde criança pensei sobre isso. Tanto é que gostei da capa de invisibilidade do Harry Potter. Feliz 2022! Um abraço, Érika =^.^=

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  2. Olá, tudo bem? Adoro demais saber que o assunto tem várias vertentes a serem exploradas, ou seja, sempre tenho informações novas acerca. Não sabia sobre a temática abordada e fala por aqui, e no fim foi bem interessante aprender acerca. Espero sim que possa voltar com um ritmo normal de postagem, mas é aquilo, se não dá, não se pressione! As coisas vão entrar nos eixos aos poucos <3
    Beijos

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